Bom, cumpri minha promessa e trouxe a entrevista com a Erica
Azevedo, autora do livro Pluvia.
Antes de começar preciso dizer que ela é uma fofa e super atenciosa.
Foi ótimo entrevista-la, e poderão conhece-la melhor lendo a
entrevista.
1- Como foi a sua infância? Você
sonhava ou queria muito alguma coisa?
R: Até os 10 anos minha infância foi
cercada de brincadeiras
de
rua com meus vizinhos. Depois dessa época tive contato com os livros e então
minha vida mudou completamente. Também foi o período em que meus pais se
separaram e eu fui morar com a minha mãe, o que me fez passar grande parte do
meu tempo lendo. Eu não tinha grandes sonhos. Até os 14 anos queria cursar
cinema, mas é algo que ficou para trás.
2- Seus pais a incentivavam a ler
na sua infância?
R: Eu tive o incentivo que eles
puderam me dar. Eles não podiam comprar livros para mim, então eu pegava em uma
biblioteca pública próxima da minha casa. Como eu não tinha idade para fazer
cadastro, minha mãe foi comigo e sempre me acompanhava quando era possível.
3- A partir
de que idade você começou a pensar/ sonhar com a possibilidade de escrever um
livro?
R: Eu só fui pensar nessa
possibilidade quando tinha 18 anos. E isso porque a ideia me veio e eu não
conseguia tirar da cabeça. Sempre gostei de escrever e isso me faz um bem
enorme.
4- Como foi a decisão do gênero que
escreveria? Teve alguém que te auxiliou na escolha?
R: Eu não me prendi a isso, na
verdade. Quando a ideia de Pluvia
me veio, eu já sabia mais ou menos em qual gênero a obra estaria até pela sua
estrutura. Não posso dizer que vou continuar escrevendo nesse mesmo gênero
porque meus outros projetos se distinguem muito um do outro. E sempre há aquela
vontade de procurar novos desafios.
5- Você exerce outra profissão além
de escritora? Qual?
R: Eu trabalhava na minha universidade
mas, como acabei de voltar de um intercambio, não voltei com o trabalho. No
momento só estou me dedicando aos estudos.
6- Atualmente, o mercado de livros
vêm crescendo muito e apesar de muitos escreverem porque gostam, ainda têm
aqueles que só pensam em lucrar com a venda. Você apoia essa ideia/pensamento?
R: Eu acho que cada um tem suas
pretensões com a escrita e eu não me considero em posição de dissertar a
respeito, até porque sou nova no ramo e tenho uma estrada enorme para
percorrer. Eu adoro escrever e ser lida. É um sentimento difícil de ser
explicado e minhas expectativas giram em torno disso.
7- Quais dicas você daria para
pessoas que pretendem escrever um livro? E sobre todas as responsabilidades que
isso gera?
R: Dedicação. Acho que é o mais
importante. Escrever é um prazer. Você pode ter suas pretensões e, não importa
quais elas sejam, tente esquecer delas enquanto desenvolve sua história. Seu
foco deve estar no enredo e nos personagens. Sinta-os.
Eles são seus companheiros de longa data. Tudo o que vier depois é consequência
dessa conexão.
8- Conte um pouco de sua
experiência com o livro Pluvia.
R: Pluvia
tem
uma história que veio do nada e que em um primeiro momento eu considerava
absurda. Com o tempo eu fui trabalhando na história e alguns amigos
acompanharam o processo dando dicas. Acho que foi isso que me fez querer voltar
com ela um ano após tê-la abandonado. Eu senti muita falta da escrita nesse
tempo. Falta do sentimento de libertação que me preenche toda vez que estou
focada no meu processo de criação. Quando terminei o livro, eu não pensava em
enviá-lo para a avaliação de uma editora. Mas o incentivo de alguns amigos me
fez mudar de ideia.
9- Como foi a construção dos
personagens? Você se inspirou em algumas pessoas ou mesmo em si própria? Pôde
contar com o auxilio de alguém?
R: Bom, eu usei muitas das
características dos meus amigos para construir os personagens. Algumas vezes
traços pequenos, outras vezes maiores, depende muito. Em Olhar de Viajante
(outra obra minha) há personagens que possuem muitas semelhanças com amigos meus.
10- Você pretende escrever outros
livros? Se sim, qual(is) seria(m) o(s) gênero(s)?
R: Já tenho outros livros em
andamento, entre eles a continuação da série Mundos (da qual Pluvia
faz parte) e uma distopia. Também tenho outros projetos em mente, mas que
faltam ser estruturados.
11- Daqui a 5 anos você se vê
escrevendo ou exercendo outra profissão?
R: Acho que posso conciliar a escrita
com meus outros planos. Mas não sei dizer se estarei me dedicando
exclusivamente a ela. Para isso é necessário uma série de fatores que não podem
ser previstos.
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Sinopse: Ana cresceu empenhada em suas histórias fantásticas, porém nunca teve a chance de se aventurar por elas. Mas, ela tem a oportunidade de enveredar por um mundo totalmente novo, quando, em meio à chuva do fim de tarde, observa as gotas se transformarem em pessoas iguais a ela. Sentindo o fogo que a preenchia na infância se reacender com a curiosidade, Ana vai atrás deles e se depara com um pedido de ajuda e a descoberta de um novo mundo - Pluvia. O que essas pessoas realmente escondem? E o que de tão terrível está assustando os pluvianos a ponto de fazê-los pedirem ajuda a uma menina indefesa?
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